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August 26, 2023
A busca por um estudo mais eficiente é um desafio constante para estudantes de todas as idades. Afinal, quanto mais tempo se dedica aos estudos, melhor será o aprendizado, certo? Não necessariamente. Segundo a ciência, o excesso de estudo pode ser prejudicial ao aprendizado e a eficiência é mais importante do que a quantidade de horas estudadas. Neste sentido, é fundamental conhecer algumas dicas que podem ajudar a estudar melhor e obter resultados mais satisfatórios. Neste texto, apresentaremos 10 dicas comprovadas cientificamente para estudar de forma mais eficiente e maximizar o aproveitamento do tempo dedicado ao estudo.
Concentrar-se na eficiência é mais vantajoso do que na quantidade ao estudar e estudar com regularidade é fundamental para reter informações. Desde 1885, os cientistas têm explorado esse fenômeno psicológico que continua sendo um fator crucial a ser considerado atualmente. Basicamente, a primeira vez que você estuda algo novo ou ouve uma aula, tem a maior chance de reter até 80% do que aprendeu, em comparação a revisar o conteúdo novamente dentro de 24 horas. Por isso, é importante manter uma rotina de estudo, dividindo o tempo entre diferentes matérias e utilizando intervalos de estudo e pausas para maximizar o aprendizado. E há um bônus adicional: esse efeito é cumulativo. Após uma semana, você poderá reter 100% das informações com apenas cinco minutos de revisão. Os psicólogos geralmente concordam que este tipo de intervalo de estudo — alternando entre estudar e não estudar — é o melhor. Para otimizar o seu tempo de estudo, é recomendado que você se aproxime mais do dia em que teve contato com o material do que do dia da prova. Embora os tablets e outros dispositivos eletrônicos sejam convenientes e portáteis, estudos sugerem que, quando se trata de estudos universitários, os materiais impressos ainda têm uma vantagem.
Estudar é uma parte essencial da experiência acadêmica e é importante encontrar métodos eficazes para otimizar o aprendizado. O fenômeno psicológico de retenção de informações é algo que os cientistas vêm estudando há mais de um século e pode ter um grande impacto na eficiência do estudo. É importante alternar entre estudar e não estudar, com intervalos adequados, para reter informações com mais facilidade. Embora os dispositivos eletrônicos sejam convenientes, estudos recentes mostram que os materiais impressos ainda são a preferência da maioria dos alunos e podem oferecer uma vantagem no aprendizado. O uso de repetições para aprender é outro fator importante a ser considerado ao estudar na tela do computador. Com essas informações em mente, é possível desenvolver hábitos de estudo mais eficientes e otimizar o aprendizado.
A eficácia do estudo não está apenas na quantidade de horas que se dedica, mas na qualidade do aprendizado que se adquire. Aqueles que conseguem aprender de forma mais rápida e eficiente não apenas memorizam informações, mas criam conexões entre elas. Essa abordagem, chamada de aprendizagem contextual, é crucial para um estudo efetivo e exige que cada aluno personalize seus próprios métodos de aprendizagem, criando conexões que relacionem as informações para que elas comecem a se encaixar e fazer sentido.
Embora pareça contraditória à primeira vista, a quarta dica para estudar melhor faz sentido, de acordo com a ciência.
Estudar quando você está mais cansado, imediatamente antes de dormir, pode ajudar o seu cérebro a reter concentrações mais altas de novas habilidades, como falar uma língua estrangeira ou tocar um instrumento. Esse processo é conhecido como “aprendizado do sono” ou “sleep-learning”, em inglês.
Isso ocorre porque o processo de consolidação da memória atinge o seu ápice durante o sono de ondas lentas. Portanto, revisar o material antes de dormir pode realmente ajudar o cérebro a reter as informações.
Em 2009, um professor de psicologia da Universidade de Washington em St. Louis publicou um artigo na Psychological Science que alertava os alunos sobre o hábito de ler e reler materiais de estudo. Ele argumentava que essa prática poderia levar os estudantes a acreditarem que conhecem bem o conteúdo, mesmo que não seja verdade.
O professor sugere, em vez disso, o uso da “recordação ativa”. Esse método envolve fechar o livro e recitar tudo o que se pode lembrar do conteúdo para praticar a memorização a longo prazo. A recordação ativa é uma técnica eficaz que ajuda a consolidar a memória, tornando a aprendizagem mais duradoura.
Outra dica para otimizar o tempo de estudo é a prática do espaçamento. Estudos mostram que estudar pequenas quantidades de informações de forma espaçada ao longo do tempo é mais eficaz do que estudar por longas horas seguidas. Por exemplo, estudar por 20 minutos por dia durante uma semana é melhor do que estudar por 2 horas em um único dia.
Combinar diferentes técnicas de estudo, como a recordação ativa e o espaçamento, pode ajudar os alunos a se lembrarem do material de estudo de forma mais eficiente e a longo prazo.
Uma técnica popular para estudar é o sistema Leitner, criado pelo jornalista alemão Sebastian Leitner em meados do século XX. Esse método usa uma série de caixas para organizar cartões com informações a serem memorizadas. Cada caixa é destinada a um nível diferente de memorização e os cartões são movidos de uma caixa para outra de acordo com o nível de facilidade em lembrar do conteúdo.
A ideia é que, com o tempo, os cartões vão sendo movidos para as caixas de memorização mais espaçadas, indicando que o conteúdo está sendo melhor retido na memória de longo prazo. O sistema Leitner é particularmente útil para estudar vocabulário de línguas estrangeiras e pode ser facilmente adaptado para outras áreas de estudo.
A sétima dica científica para estudar é pensar sobre o próprio processo cognitivo, também conhecido como metacognição. Especialistas afirmam que esse método comprovado de aprendizagem é essencial para os alunos avaliarem constantemente seu nível de habilidade e progresso, bem como monitorar cuidadosamente seu bem-estar emocional durante atividades estressantes. A ideia por trás da metacognição é que ela ajuda na retenção mais consciente e eficaz do conteúdo estudado.
Estudos científicos demonstraram que é mais eficiente variar o conteúdo ao estudar, ao invés de focar exclusivamente em uma única área. Contudo, é aceitável e até mesmo recomendado unir campos de assuntos relacionados ou similares.
Por exemplo, ao invés de apenas memorizar vocabulário em outro idioma, é recomendado incluir também a prática de leitura. Da mesma forma, ao estudar matemática, é aconselhável combinar vários conceitos diferentes ao invés de se concentrar em apenas um.
Mudar o local de estudo pode trazer diversos benefícios para o processo de aprendizagem. A rotina de estudos pode se tornar monótona e cansativa quando realizada sempre no mesmo ambiente, e a mudança para um novo espaço pode ser revigorante e ajudar a estimular a mente.
Além disso, um novo local de estudo pode oferecer uma mudança de perspectiva, permitindo que o aluno tenha uma visão mais ampla e fresca sobre o conteúdo que está estudando. Isso pode facilitar a compreensão e a retenção do conhecimento, bem como estimular a criatividade.
Outra vantagem de mudar o local de estudo é a possibilidade de se adequar melhor às diferentes necessidades do aluno. Por exemplo, estudar em um local mais silencioso pode ser benéfico para quem precisa de concentração total, enquanto estudar em um ambiente com mais movimento e interação pode ajudar aqueles que se sentem entediados ou solitários ao estudar.
Por fim, a mudança de local de estudo pode ser vista como uma oportunidade de explorar novos lugares e descobrir novas fontes de inspiração. Isso pode ser especialmente útil para aqueles que estão estudando temas relacionados à arte, cultura e história.
Em resumo, mudar o local de estudo pode trazer diversos benefícios para a aprendizagem, incluindo a quebra da rotina, a mudança de perspectiva, a adequação às diferentes necessidades do aluno e a descoberta de novas fontes de inspiração.
Estudos indicam que os alunos têm maior capacidade de retenção de informações ao aprenderem novos conceitos quando possuem a expectativa de ensiná-los a outra pessoa. Além disso, pesquisas também sugerem que os estudantes se envolvem mais ativamente e naturalmente buscam métodos de memorização e organização ao assumirem o papel de “professor”.
Dessa forma, a última dica para um estudo mais eficiente é: se tiver a oportunidade, experimente ensinar o que aprendeu a um colega ou mesmo a um “colega imaginário”. O importante é adotar a mentalidade de “ser professor” desde o momento de estudo, pois é essa expectativa que proporciona os benefícios mencionados.
A eficiência é mais importante do que a quantidade de horas estudadas, segundo a ciência. Por isso, é fundamental conhecer algumas dicas que podem ajudar a estudar melhor e obter resultados mais satisfatórios. Neste texto, apresentamos 10 dicas comprovadas cientificamente para estudar de forma mais eficiente e maximizar o aproveitamento do tempo dedicado ao estudo. É importante manter uma rotina de estudo, dividindo o tempo entre diferentes matérias e utilizando intervalos de estudo e pausas para maximizar o aprendizado. Além disso, o uso de materiais impressos pode ser uma vantagem em relação aos dispositivos eletrônicos. É importante criar conexões entre as informações para um estudo efetivo, e estudar quando se está cansado pode ajudar o cérebro a reter as informações. Em vez de reler, relembre-se, e teste-se sobre o material estudado para garantir que se sabe o conteúdo. Com essas dicas, é possível estudar melhor e de forma mais eficiente.